1 - RADIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA
COMO É FEITO: Procedimento minimamente invasivo. Realizado sob anestesia local e não necessita de internação (hospital dia), usando esferas carregadas com material radioativo (Yttrium-90). Procedimento realizado com a técnica do cateterismo endovascular, quando há a deposição de microesferas com yttrium dentro do tumor (efeito localizado).
INDICAÇÃO: Tem indicação para tratamento de lesões hepáticas (tumores de fígado) primárias ou metastáticas em estadio avançado, incluindo hepatocarcinomas, metástases de tumores neuroendócrinos, tumores de mama, carcinoma colorretal, entre outros. Pode ser realizado conjuntamente com quimioterapia sistêmica.
2 - QUIMIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA
COMO É FEITO: Procedimento realizado com a técnica do cateterismo endovascular, por meio da obstrução dos vasos sanguíneos que alimentam os tumores. As partículas carregadas com os quimioterápicos são injetadas dentro dos tumores do fígado pela via intra-arterial e o crescimento do tumor é controlado.
INDICAÇÃO: controle de alguns tipos de tumores hepáticos, notadamente do carcinoma hepatocelular, tumores neuroendócrinos e de alguns tipos de tumores hepáticos com metástases para o fígado. Usado como alternativa ou em associação aos quimioterápicos.
3 - EMBOLIZAÇÃO PARCIAL
ESPLÊNICA
COMO É FEITO: Realizada por meio do cateterismo da artéria do baço com injeção de micropartículas que vão diminuir a circulação do baço.
INDICAÇÃO: Indicado para o controle do hiperesplenismo (funcionamento acentuado do baço) com consequente aumento do número de plaquetas (células que atuam na coagulação sanguínea). Como resultado haverá menor risco de sangramento e melhores condições para iniciar ou continuar a quimioterapia, assim como permitir que sejam administrados quaisquer medicamentos que causam a redução do número de plaquetas no sangue (exemplo: medicamento para a hepatite).
4 - EMBOLIZAÇÃO DOS MIOMAS
UTERINOS
COMO É FEITO: Consiste na obstrução das artérias do útero que alimentam os miomas de sangue, por meio da injeção de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool (tem efeito permanente e inofensivas ao organismo). Realizado sob anestesia peridural ou raquidiana para tratamento definitivo da miomatose uterina sintomática.
INDICAÇÃO: Indicada como alternativa de tratamento para mulheres que têm que retirar os miomas ou o útero em decorrência do sangramento acentuado (podendo levar à anemia), dor abdominal (normalmente cólicas), aumento do volume do abdome e até dor à relação sexual. Existem mulheres que têm “Adenomiose” isolada ou em associação com os miomas uterinos que também podem ser tratada com esta mesma técnica.
5 - EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS
PROSTÁTICAS
COMO É FEITO: Técnica minimamente invasiva realizada pela via endovascular (por dentro de uma artéria da virilha). É feita com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a embolização. O objetivo é a redução do volume a alteração da consistência (torna-se mais macia) da próstata.
INDICAÇÃO: Alternativa às várias opções de tratamento (medicamentos e/ou cirurgias) dos sintomas urinários obstrutivos decorrentes do crescimento da próstata pela hiperplasia prostática benigna (HPB). Criado pelo nosso grupo em 2008, o procedimento é atualmente reconhecido como opção segura e eficaz.
6 - EMBOLIZAÇÃO DA VEIA PORTA
COMO É FEITO: É realizada como procedimento pré-operatório para pacientes que serão submetidos a grandes ressecções hepáticas, especialmente pela presença de tumores.
INDICAÇÃO: A embolização da veia porta (normalmente do ramo direito) tem como objetivo principal o crescimento (hipertrofia) do lado do fígado não embolizado, com consequente redução do risco de insuficiência hepática pós-operatória.
7 - EMBOLIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
DE TUMORES
COMO É FEITO: Através da obstrução do fluxo de sangue para as lesões tumorais. Normalmente utilizam-se micropartículas que serão depositadas dentro dos tumores. Destacam-se as lesões ósseas metastáticas de tumores renais e de outras origens.
INDICAÇÃO: Realizada principalmente no caso de tumores hipervasculares para controle e redução do risco de sangramento intra-operatório.
8 - EMBOLIZAÇÃO DE
MALFORMAÇÕES
ARTERIOVENOSAS
COMO É FEITO: Realiza-se a obstrução dos vasos (artérias e/ou veias) que alimentam a malformação vascular com sangue, por meio do cateterismo e injeção de agentes embolizantes (oclusores) específicos.
INDICAÇÃO: O tratamento permite a redução volumétrica e o controle dos sintomas relacionados à essas lesões (dor, sangramento, entre outros). Ainda pode ser utilizada como uma etapa pré-operatória com o objetivo de facilitar um futuro procedimento cirúrgico.
9 - DRENAGEM BILIAR
TRANSPARIETOHEPÁTICA
(COM OU SEM O IMPLANTE DE
STENT BILIAR)
COMO É FEITO: Procedimento realizado por meio da punção das vias biliares intrahepáticas (ducto biliar dentro do fígado) com uma finíssima agulha.
INDICAÇÃO: Tem como intuito o tratamento de quadros obstrutivos associados à icterícia (mucosas amarelas, urina escura e fezes esbranquiças) e/ou colangite (processo infeccioso da bile) de origem benigna ou maligna. Pode ser complementada com o implante de drenos ou stents biliares metálicos para melhor controle da obstrução dos canais da bile.
10 - IMPLANTE DE CATETER
VENOSO DE LONGA DURAÇÃO
COMO É FEITO: Procedimento realizado sob anestesia local e sedação com o objetivo de acessar ao sistema venoso de maneira segura e confortável para pacientes que necessitam de punções repetidas das veias. Confecciona-se um local para diversas punções e injeções de medicamentos.
INDICAÇÃO: Para pacientes que precisam fazer quimioterapia sistêmica (implante de Port-a-cath) ou para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica que necessitam fazer hemodiálise. Com o implante destes catéteres as punções venosas repetidas são evitadas havendo maior conforto e qualidade de vida aos pacientes.
11 - TIPS (TRANSJUGULAR
INTRAHEPATIC PORTOSISTEMIC
SHUNT)
COMO É FEITO: Consiste na criação de uma comunicação definitiva entre os sistemas venosos dentro do fígado (comunicação entre a veia porta e a veia hepática) por meio do implante de um stent (estrutura tubular) metálico. O procedimento é realizado sob anestesia geral por punção da veia jugular (pescoço).
INDICAÇÃO: Visa o controle de episódios hemorrágicos e da ascite (água na barriga) em pacientes portadores de hipertensão portal relacionada à cirrose hepática.
12 - IMPLANTE DE FILTRO DE
VEIA CAVA
COMO É FEITO: Dispositivo metálico (semelhante a um “guarda-chuva”) é implantado para evitar ou diminuir os riscos de embolia pulmonar. O filtro é implantado por meio da punção da veia femoral (virilha) ou jugular (pescoço) sob anestesia local ou sedação.
INDICAÇÃO: Nos pacientes portadores de Trombose Venosa Profunda (TVP) que não podem realizar tratamento de anticoagulação sistêmica (medicamentos para “afinar o sangue”) ou que apresentam episódios de tromboembolismo pulmonar (coágulo no pulmão) mesmo na vigência de anticoagulação adequada.
13 - ANGIOPLASTIA DOS MEMBROS
INFERIORES (ARTÉRIAS DAS
PERNAS)
COMO É FEITO: Normalmente realizado sob anestesia local e com menor período de internação que os procedimentos cirúrgicos convencionais. Procede-se o cateterismo da artéria que está parcial ou totalmente obstruída. A seguir, promove-se a desobstrução do local obstruído por meio da dilatação com um balão de angioplastia e/ou implante de um stent metálico (semelhante ao usado no coração).
INDICAÇÃO: O procedimento tem como objetivo a desobstrução de artérias dos membros inferiores para melhorar/aumentar o fluxo de sangue para as pernas. Visa o tratamento de sintomas isquêmicos (falta de sangue) nas artérias das pernas causados principalmente pelo fumo, diabetes e aterosclerose.
14 - ANGIOPLASTIA RENAL
COMO É FEITO: Realizada por meio do implante de stents (obstrução por placa aterosclerótica) ou balão (obstrução por displasia fibromuscular). O stent/balão tem o objetivo de evitar a obstrução da artéria do rim e também melhorar o fluxo de sangue para os rins.
INDICAÇÃO: Indicada para a desobstrução das artérias dos rins, quando associada à hipertensão arterial refratária ao tratamento medicamentoso e/ou piora da função renal. Com o seu uso no momento correto, pode-se evitar uma possível diálise.
15 - CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE
ANEURISMA DA AORTA
COMO É FEITO: É realizado com dois pequenos cortes (1,0 cm de cada lado na região da virilha) e punção das artérias femorais para a introdução e implante da endoprótese (estrutura metálica revestida por tecido que evitará o crescimento e ruptura do aneurisma). O procedimento é seguro, eficaz e com menor tempo de internação hospitalar, podendo ser feito com anestesia local e sedação ou anestesia geral.
INDICAÇÃO: Tratamento minimamente invasivo dos pacientes com aneurismas da aorta (torácica ou abdominal) que tenha risco de ruptura ou com complicações decorrentes de êmbolos/trombos presentes dentro dos mesmos.
16 - EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA
VISCERAL
COMO É FEITO: Feito com o uso de stents revestidos (revestidos por um tecido que impede a passagem do sangue para dentro do aneurisma) ou com molas metálicas (feitas de materiais como o níquel, titânio ou aço inoxidável) para obstruir o aneurisma e impedir a sua rotura.
INDICAÇÃO: Tratamento indicado para aneurismas com alto risco de ruptura (maiores do que 2 cm, com crescimento rápido nos último meses ou que estejam causando dor ou algum outro tipo de sintom. Os mais comuns ocorrem nas artérias esplênica (baço), mesentérica (intestino), hepática (fígado) e renais. O tratamento por esta técnica tem como vantagens apresentar baixos riscos em comparação às cirurgias tradicionais, bem como períodos de recuperação e internação hospitalar menos prolongados.
17 - BIÓPSIA HEPÁTICA
COMO É FEITO: Pode ser realizada pela via percutânea transparieto-hepática (por entre as costelas) ou transjugular (veia do pescoço). Consiste na retirada de fragmentos do fígado para avaliação e diagnóstico de diferentes doenças que acometem este órgão.
INDICAÇÃO: Quando se pretende ter um fragmento do fígado para avaliar as suas células e possíveis doenças que estejam acometendo este órgão. A biópsia transjugular fica reservada para os casos de alto risco para a realização da biópsia tradicional (transparieto-hepática), como nos casos de alterações da coagulação sanguínea e presença de ascite (água na barriga).
18 - EMBOLIZAÇÃO BRÔNQUICA
COMO É FEITO: Um cateter é introduzido pela virilha e promove-se o estudo das artérias brônquicas (dentro dos pulmões). As artérias são obstruídas usando-se agentes embolizantes (micropartículas ou líquidos) no local onde ocorre os sangramento.
INDICAÇÃO: Para controle de episódios hemorrágicos (hemoptise ou escarro com sangue) relacionados às doenças pulmonares, principalmente as bronquiectasias, tuberculose e tumores. Com esta técnica pode-se evitar a cirurgia de ressecção de parte do pulmão.
COMO É FEITO: Procedimento
guiado por imagem
(ultrassonografia), minimamente
invasivo, seguro, com baixo índice
de complicações e altas taxas de
sucesso na obtenção de material
para análise das células.
O procedimento é realizado
introduzindo uma agulha fina no
interior da lesão, seguido da coleta
do material para análise
histopatológica.
INDICAÇÃO: Visa a investigação
diagnóstica de lesões localizadas na
tireoide (nódulos), e em outras
lesões, como as cervicais, na mama
ou nos linfonodos, auxiliando na
definição do tratamento.
COMO É FEITO: Procedimento
minimamente invasivo guiado por
ultrassonografia ou tomografia
computadorizada. Consiste na
retirada de fragmentos de lesão
localizada no baço para para análise histopatológica.
INDICAÇÃO: Visa a investigação
diagnóstica de lesões suspeitas
para neoplasia localizadas no baço,
auxiliando na definição do tratamento.
COMO É FEITO: Procedimento minimamente invasivo guiado por imagem (ultrassonografia, tomografia ou radioscopia), que consiste em posicionar um dreno dentro do espaço pleural (espaço ao redor dos pulmões) para retirar ar (pneumotórax), líquido (derrame pleural) ou sangue.
INDICAÇÃO: Visa a drenagem do ar (pneumotórax), líquido (derrame pleural) ou sangue (hemotórax) para tratamento e alívio dos sintomas como desconforto torácico e dispneia (falta de ar), ou ainda para auxiliar no tratamento de infecções.
COMO É FEITO: Procedimento minimamente invasivo guiado por imagem (ultrassonografia, tomografia ou radioscopia), que consiste em posicionar um dreno dentro de um cisto renal e introduzir temporariamente material esclerosante no seu interior.
INDICAÇÃO: Visa o tratamento e alívio de sintomas, como dor ou compressão de outros órgãos ou estruturas, provocados por cistos renais.